18.1.10

Picadeiro de Horrores







Vivemos em um circo de horrores

Bizarrices,loucuras e tolices nos rodeiam,

Temos que conviver com inimizades e temores,

Todos temos memórias ruins que nos rateiam,


Em toda essa encenação às vezes somos palhaços,

Nesse picadeiro de horrores somos o centro das atenções,

Riem de nossas caras, usam palavras com estilhaças,

Na nossa vida marcam feridas, palavras que perfuram o coração,


E o show começou! e você não sabe o que fazer,

Todos riem do simples fato de você existir,

Gargalhadas te rodeiam,alguém manda, e você só faz obedecer,

Um grande sentimento de tristeza te faz apenas sorrir,


A lagrima escorreu e a maquiagem borrou,

E agora? O que você ira fazer?

Todos olham pasmos; que chato!

Agora o centro das atenções não será mais você,


E o show continua! Agora será a vez do leão,

Um simples animal acuado,

Que certo tempo foi rei, agora está numa prisão,


Olhares tensos lhe rodeiam,

Agora é a vez do domador,

O carrasco puxa o chicote, e chicoteia,

E do grande animal sai um urro ensurdecedor,



E o rei agora é um bobo,

Pula de um lado para o outro sem saber o que fazer,

A coroa do rei era linda, cor de ouro,

Agora os fios caem, e não conseguem mais crescer,


O picadeiro simplesmente vibra,

Gritos de alegrias vêm ao ver o animal sofrer,

O leão pula entre o arco de faca e fogo... e hesita,

O ultimo urro, do rei bobo, sentido a paz de morrer,


O domador silencia, sabe que agora seu show acabou,

Todos os olhares voltados para a bailarina,

Com sua linda mascara cristalina,

Envolvidas de gritos e elogios mostrando seu esplendor,


em movimentos lancinantes, ela gira,

simples e belos passos na ponta dos pés,

a beleza de toda atuação fascina,

publico perplexo pela beleza do balé,


mas a beleza num instante acaba,

a bailarina errou, tropeçou,

a mascara caiu,o publico se abala,

vêem o monstro que sempre os encantou,


vaias e gritos por todos os lados,

pipocas e amendoins lançados;

esse é o sinal de que o espetáculo acabou,



o publico ainda sai feliz,

famílias e amigos saem sorrindo,

alguns marcam de vim novamente assistir,

voltar ao lugar que eles chamam de paraíso,


e o show enfim termina!

agora vemos os artistas de verdade,

vemos a tristeza de uma realidade;

de uma atuação simplesmente vivida.


( Felipe Correia)

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