Vi um louco que sorria,
Corre e pulava,
Esbarrava ou topava,
Ele esbanjava alegria,
As pessoas não entendiam,
Porém sabia que era louco,
E ele não se importava nem um pouco,
Simplesmente corria e sorria;
Rodopiava de braços abertos,
Parecia não estar nesse mundo,
Abraçava arvores, abraçava o MUNDO!
Esbanjava menções de afeto;
Corria e pegava uma flor,
Sorria e a entregava,
Aparentava que pelo céu pairava,
Algumas pessoas impunham olhos de horror,
E nada o parava e ele continuava a sorrir,
Esbanjava felicidade e a quase todos faziam rir,
E ele se sentia a cada sorriso mais completo,
Girou cambalhotas,
Berrou, gritou,
Sorriu, chorou,
Fez caretas tortas,
E ele simplesmente parou;
Todos nas ruas pararam para lhe ver,
Seus olhos cheios de lagrimas juntos com o suor a escorrer,
Viu o momento que o palhaço louco tombou;
E ele sorriu em seus últimos suspiros,
No colo de uma criança que o acolheu ele padeceu,
Beijou sua face e com um sorriso disse-lhe: “agora digo-lhes ADEUS...
...mas, por favor, nunca deixem parar o riso”;
E aquela criança chorou,
Todos queriam saber quem era aquele louco,
E a criança entre lagrimas e soluços roucos falou:
Quando crescer serei palhaço.
(Felipe Correia)