23.12.10

Escolhas




Mostre-me motivos para tristeza?

Ou mostre-me motivos para alegria?

Mas Por favor, me tire dessa incerteza,

Não me deixe cair na monotonia;


Aventure-se! Deixe a loucura bater,

Não se limite, invente,tente,

Seja nada ou tudo alem de sua mente,

No final seja simplesmente você;


Não deixem te imporem limites,

Você sempre será capaz de continuar,

Sabia que um caminho sempre existe,

Pois nascemos para sempre evolucionar,


Desejos não são apenas desejos,

Com força de vontade tornam-se reais,

Para se viver tem que ter-se manejo,

Para se viver não se deve limitar-se jamais.


(Felipe Correia)

29.11.10

Novas Terras




Invadimos suas terras,
Mostramos as belezas da capital,
Mostramos-lhes nossas esferas,
Explicamos sobre o bem e o mal,


Compartilhamos nossas doenças,
Torturamos os infiéis,
Implantamos nossas crenças,
Mostramos quais são os seus papeis,


Vestimos suas roupas,
Crucificamos os pecadores,
Implantamos nossas magoas,
Divulgamos nossas dores,


Meu Deus é fiel,
Tortura, mata e condena,
Mas ele justo e não é o réu,
E você como cristão cumpra sua pena,


Damos-lhe a vida eterna
Em troca de sua piedade,
Tiramos vocês dessa selva
Então admire o capitalismo, produto de vaidade.


(Felipe Correia)

20.11.10

O homem de Nariz pintado




Mendigamos por sorrisos falsos

Faces derretidas como cera quente,

Agora sonhamos com nossos passados

pois tudo que viviamos era um tanto quão inocente;


queremos saber o porquê de tanta transformação!

Não entendemos como tudo isso acontece,

Será a maturidade que nos transforma em monstros sem noção?

Ou será que o mundo em si nos entorpece?


Queremos poucos nos lixar para tudo isso,

Mas seguimos a linha da loucura social

beijamos a face do fria capitalismo,

procuramos todos os arquétipos do capital,


porque nos tornamos tao hipocritas a esse ponto?

Porque não podemos ser simplesmente feliz?

Se perguntamos:- quero felicidade! Respondem: -com desconto?

O humano racional não tem tempo para pintar o nariz.



(Felipe Correia)

13.11.10

Supérfluo mundo novo




Estamos num tempo de regressão,

Amigos e amores descartáveis,

Gente com opiniões imponderáveis,

Um mundo de decadência e depressão,


Somos um produto da massa,

Seguindo um ciclo vicioso,

Acreditando em Deuses poderosos,

Seguindo ensinamentos que ele nos passa,


Os desejos dos deuses são desejos humanos,

Cobiçam o dinheiro em troca de paz,

Igrejas giram em torno de capitais,

Quanto mais pensamentos, mais desenganos,


Somos filhos de uma nação falida,

Onde a corrupção é o prato da vez,

Onde todos aqueles que regem nossas Leis

Torna todo cidadão em alma perdida,


O ser humano perde seu valor,

Onde tudo se torna tudo tão descartável,

Garotas de verdades ou boneca inflável?

A procura sempre aumenta na troca dinheiro por amor,


Pessoas hipócritas,

Gente com cabeças divergentes,

Humano simplesmente inconsciente;

Cabeças ou incógnitas?


(Felipe Correia)

5.11.10

Pesadelo




Sonhos, o porquê do sonhar?

Quanto mais tentamos

Nos esforçamos, arriscamos,

Para um dia chegar a conquistar,


e o sonho não realizou,

a mágica acabou,

nada mais de sonhar.

(Felipe Correia)

26.10.10

Ocasos espirituosos



Qual rota de fuga você usa para sair de sua realidade?

Qual artifício você usa para distrair a solidão?

Tem amigos seletos? Espera a vida passar em lugares desertos?

Ou bebe para afogar as magoas e junto seu coração?


Quantos lábios tu não beijastes,

Quantos amores tu não seduziu?

Quantos corpos afagastes,

Quantos afagos teu corpo sentiu?


Bebedeiras e mais bebedeiras!

Tragam um copo de alegria e outro de ilusão!

-Por favor, tragam a bebida!

-tragam um pedaço de fígado e torrem meu coração!


Amigos, meus velhos e bons amigos,

Por favor, não me deixem sozinho nos momentos tristes,

Enalteçam nossas noites como moleques traquinos,

Façam com que todos nos sejamos no mínimo felizes,


Quando estiveres sóbrios veras tua triste realidade,

Não é porque conduzo minha vida a ócio,

Não é porque penso e digo pensamentos impróprios,

Que sou aquilo que tu falas e não ando com o que Te condizes,


Sorvamos cigarros de raciocínios,

Delibemos de cachaça e poesia,

Saibamos raciocinar o que falamos,

Falemos com verdade e sem hipocrisia

Sejamos reais a todos,

Tenhamos alguma essência concreta,

Sejamos leais, menos tolos,

Vivamos loucos, com uma vida de forma incerta,


Pois tudo que temos de viver,

A essência da vida estar no decorrer, nos perigos;

Pois para valorizarmos algo, temos de sofrer,

Para assim sentirmos que a vida tem sentido.

16.8.10

SOZINHO




A casa ganhou vida com nossos risos, brindávamos e brincávamos e não víamos a hora passar, relembrávamos momentos passados, pois cada um foi para seu lado ,mas o tempo tratou de nos reencontrar;
Fiquei feliz em ver todos novamente; senti que minha vida mudara de uma hora para outra;
Todos esses meus amigos surgiram do nada; num clarão de luz simplesmente voltaram, de um passado longínquo ou de uma historia para outra.
Para eles eram apenas lembranças, mas com essa aparição me trouxeram esperança de não morrer sozinho, a míngua.
Conversamos sobre suas vidas, sobre o que faziam e o que deixavam de fazer, éramos 4 velhos aposentados, aqueles que um dia viveram juntos,lado a lado e que pensávamos que nem com o tempo a amizade iria perecer;
Depois de muita conversa, falei-lhes minha realidade, como vivi sozinho, como depois de muito tempo desaprendi o que era o carinho, e que com o tempo apenas conheci a fundo algo chamado: sofrer;
Eles ficaram comovidos com tudo isso, e prometeram sempre me visitar, “somos velhos amigos de guerra” disseram eles e que nunca iriam me abandonar, pois eles sentiam saudades e que sempre queriam conservar aquela amizade que o tempo tratou de afastar;
o velho sorriu, e com um esforço tentou segurar o choro,uma lagrima rolou no seu rosto cansado,sentiu sumir o seu corpo enfadado enquanto a lagrima descia de seu olho.
Naquele momento a sala parecia mais clara, surgia uma luz naquele velho casarão; mas ao piscar de olhos ele não conseguia acreditar que tudo iria mudar,seus amigos se foram com aquela luz que espantava a escuridão.
Ele correu e gritou por todos os cantos, a única voz que conseguiu escutar foi o eco, começou a chorar desesperado, pois todos aqueles que haviam sua vida marcado simplesmente desapareceram.
Percebeu que tinha criado uma ilusão, sonhara que realmente tinha amigos, mas sua verdadeira companheira: a solidão, teria lhes dado o melhor castigo, a desilusão de não ter realmente amigos.


(Felipe Correia)

22.6.10

Cotidiano




Beijou sua esposa, brincou com o cachorro e sorriu pela ultima vez,

Saiu pela porta simples, ela ringiu, ele prometeu em mente que iria concertar,

Não consertou.

Entrou no carro e esquentou o motor, lembrou que tinha que olhar o óleo, deixou pra depois, ou nunca mais;

Morreria às três e meia.

Sorriu pra o vizinho, passou e prometeu devolver a chave de fenda, aquela que pediu emprestado há um mês, mas sempre tinha coisas mais importantes a se fazer, refletia: “ele não precisa, se precisa-se procurava-o”;

Nunca mais devolverá.

Chegou ao trabalho com sorriso estampado, aquela felicidade de sempre, cumprimentou os amigos, relembrou a cerveja da semana passada, combinou outra para o final de semana,

Ele não irá aparecer;

Trabalhou, mas continuava feliz, gostava do que fazia; esperava ficar velhinho e visitar os novatos que tomariam conta de sua vaga e sonhava em simplesmente rir de tudo isso,

Falar-lhes como o tempo passava rápido e dizer-lhes que ontem mesmo era ele quem administrava aquela mesa;

Mas ele não terá tempo para isso, morrerá.

Seu Horário de almoço atrasou, pensou em voltar para casa, mas não daria tempo de cumprir as obrigações, ligou para a esposa, disse-lhes que não almoçaria em casa, ela entendeu,

Disse que iria o esperar na casa de sua mãe,

mas nunca soube que não iria escutá-lo mais;

disse o ultimo “eu te amo” e despediu.

Desligou; Eram três e meia.


(Felipe Correia)