5.1.11

Lagrimas e risos





Vi um louco que sorria,

Corre e pulava,

Esbarrava ou topava,

Ele esbanjava alegria,


As pessoas não entendiam,

Porém sabia que era louco,

E ele não se importava nem um pouco,

Simplesmente corria e sorria;


Rodopiava de braços abertos,

Parecia não estar nesse mundo,

Abraçava arvores, abraçava o MUNDO!

Esbanjava menções de afeto;


Corria e pegava uma flor,

Sorria e a entregava,

Aparentava que pelo céu pairava,

Algumas pessoas impunham olhos de horror,


E nada o parava e ele continuava a sorrir,

Esbanjava felicidade e a quase todos faziam rir,

E ele se sentia a cada sorriso mais completo,


Girou cambalhotas,

Berrou, gritou,

Sorriu, chorou,

Fez caretas tortas,


E ele simplesmente parou;

Todos nas ruas pararam para lhe ver,

Seus olhos cheios de lagrimas juntos com o suor a escorrer,

Viu o momento que o palhaço louco tombou;


E ele sorriu em seus últimos suspiros,

No colo de uma criança que o acolheu ele padeceu,

Beijou sua face e com um sorriso disse-lhe: “agora digo-lhes ADEUS...

...mas, por favor, nunca deixem parar o riso”;


E aquela criança chorou,

Todos queriam saber quem era aquele louco,

E a criança entre lagrimas e soluços roucos falou:

Quando crescer serei palhaço.


(Felipe Correia)

3 comentários:

  1. Muito bom o texto me lembrou de uma música do Cordel do Fogo Encantado chamada Palhaço do Circo sem Futuro. A versão do MTV ao vivo. Dá uma passada lá no meu blog quando puder
    http://inquietacoespoeticas.blogspot.com/

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  2. Que triste Lipee '-'Lá no fundo, todo mundo quer ser palhaço.. Mas poucos conseguem rir de tudo..

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  3. Uma narrativa muito boa, espetacular, me fez lembrar muito do filme brasileiro "O Palhaço"

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